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Venício, o professor parintinense que poetiza nas redes sociais digitais

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O parintinense Venício Garcia é o tipo do professor engajado, aquele que briga pelo empenho dos alunos por meio do incentivo ao prazer de estudar, de conhecer novos mundos nos livros e na vida real.

Quando cursou Letras na Universidade Federal do Pará (UFPA), ele conviveu com grandes professores, poetas e intelectuais, entre os quais, Benedito Nunes, um dos maiores críticos literários da sua geração.

Venícius consegue estimular seus alunos a lerem além dos livros didáticos. Quando há algum evento literário na cidade, como oficina de textos ou palestras de escritores e poetas, Garcia é o primeiro a convidar seus alunos a prestigiarem esse tipo de iniciativa.

Por isso, é querido e tratado com o “paizão” de muitos.

Mais recentemente, ele se tornou o próprio exemplo de que a escrita é um caminho aberto para o mundo.

Com seus poemas, feitos, inicialmente, para serem compartilhados com os alunos e amigos, ele está conquistando corações em lugares antes jamais imaginados.

Graças às infovias.

Confira:

O senhor posta com certa regularidade seus poemas na internet? Comente sobre da sua obra.

Sim. É uma forma de conhecer os leitores que gostam de poemas e divulgar os meus escritos.

A recepção aos textos que escrevo são comentários falando da sensibilidade poética, a mensagem que eles trazem – os textos, a concepção da realidade em que a vida pode ser percebida, e a importância da leitura no dia a dia das pessoas.

Nesse ínterim, a poesia não só tem uma função social, ela humaniza cada vez mais quem a ela tem acesso.

E por falar em recepção, em outubro de 2019, tive dois textos finalistas – A árvore que carregava céu e Cinzas do Eldorado – finalistas no concurso de poesias promovido pela Secretaria de Cultura do município de Parintins.

Sempre converso com pessoas nas redes sociais, ex-alunos, professores de diversas áreas do conhecimento, escritores, grupo que faço parte, revista especializada sobre literatura (Prosa & Poesia & Cia., Recanto das Letras, entre outros.

Tive o privilégio de conversar com o escritor Milton Hauton, oportunidade em que apresentei a ele um poema que fiz para a personagem Dinaura, do livro Órfãos do Eldorado. Aliás, obra que recomendo sua leitura.

Como o senhor define, em relação à estética, os seus poemas?

Escrever poeticamente é um trabalho árduo. Com relação à estética do texto, procuro dar ao poema uma cadência interna, com uma certa liberdade.

Não há uma preocupação excessiva com o jogo rimático, foco o conteúdo. A temática é variada, vai do mundo amazônico ao sentimento humano e à arte de poetizar.

De onde vem essa veia poética? Quando começou a escrever poemas?

Cursei Letras e Artes na Universidade Federal do Pará (UFPA). Tive a oportunidade de conhecer por essa época várias mentes brilhantes, entre elas Rui Barata, poeta paraense, conheci também o professor Benedito Nunes – crítico literário  e escritor; Tenório Telles-crítico literário e escritor,  grande incentivador que  me fez descobrir ainda mais essa veia poética  que pulsava em mim, quando colocava no papel  como via o mundo através das palavras.

Comecei a escrever poemas em 2004, o primeiro que produzi fez parte de uma coletânea de textos em prosa e versos, publicada pela Escola Gentil Belém de Parintins.

O senhor usa a poesia como recurso didático? E os resultados?

Sim, uso. Como exemplo de bons resultados, posso citar produções de textos poéticos feitos pelos alunos na escola em que atuo, sem deixar de citar   as atividades pedagógicas, em que o discente possa entender a importância de conhecer, através da leitura, as grandes obras literárias que mudaram a história da humanidade.

Há um momento melhor para escrever poemas?

Poesia não é desabafo. Escrever poema é como se você fosse levado por uma correnteza de sentimento e olhasse o mundo pelo avesso.

Na minha opinião, o melhor momento pra se colocar no papel o sentimento humano, é quando a alma não se cala diante a realidade que aparenta ser o que não é.

Portanto, três palavras chaves   são importantes para fluir a sensibilidade poética:espanto, absurdo e fingimento.

Pretende reunir esses poemas em livro físico ou ebook?

Pretendo sim, sei que não é um caminho fácil. O sonho de qualquer pessoa que trabalha a palavra é ver sua obra publicada.

Qual dos seus poemas mais teve acesso na internet?

Enquanto principiante, tenho um número considerável de leitores nas mídias sociais. O poema em que tive mais acesso foi Anjo Poeta, um dos primeiros que publiquei internet.

Anjo poeta

Permita-me uma pergunta

Amar o que não pode ser amado é proibido?

Acredito que aos poucos vejo o silêncio

Calar a minha alma…

Longe ou perto, a força do sentimento irá

Fazer das lágrimas o rio

Que flutuará meu corpo, meus poemas,

Meus lamentos para a alegria

Dos analfabetos sentimentais…

Procuro o anjo poeta…mas ele deixou de existir

Transforma-se em mármore…

Imóvel não irá voar semeando poesia

Que me fez curumim

Me fez sonhar na lua

Na mata

No vento

Procuro uma saída que não seja segredo

E não é segredo…

Anjo poeta, Anjo curumim,

Sempre voarão juntos

Regando as lágrimas de um poeta morto

Poeta que em vida fez

Seu próprio epitáfio…

Amem!!!

                                                            

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