Teatro Amazonas faz aniversário de 123 anos com acolhida a visitantes
O Teatro Amazonas comemora hoje (31/12) 123 anos de fundação, com duas sessões de visitas mediadas, das 12h às 17h, e duas sessões teatralizadas, das 14h às 16h.
As visitas mediadas são gratuitas para amazonense; e as teatralizadas gratuitas para o publico em geral.
Nas visitas mediadas, o público conhecerá a história desse patrimônio por intermédio da Sala de Espetáculos, do Salão Nobre, do Camarim de Época, das exposições e itens históricos que estão distribuídos nos três pavimentos.
No primeiro, está uma escultura em pedestal de bronze retratando Cristóvão Colombo, a quem os europeus atribuem o descobrimento das Américas.
Nos demais, estão a exposição de ópera, os bustos de escritores, e uma exposição de refletores.
No final da visita, no térreo, os visitantes poderão tirar fotos com roupas de época na área do Chapeleiro; ou ter contato com o piano de caixa, que pertenceu à antiga Casa Ivete Ibiapina e que está disponível no espaço.
A visita mediada ao Teatro Amazonas é gratuita para amazonenses. Turistas pagam ingresso de R$ 20 (inteira).
História
Nas visitas teatralizadas, que acontecerão na Sala de Espetáculos, o público conhecerá a história de uma forma diferente.
Atores da Cia Metamorfose, por meio do projeto Livro vivo, darão vida a personagens que contarão as histórias do teatro, da sociedade e suas referências culturais da chamada Belle Époque.
Seis personagens participam da encenação: Eduardo Ribeiro, governador responsável pelo início da construção do Teatro; o historiador Mario Ypiranga Monteiro; um casal de época representando a elite amazonense; e duas faxineiras do teatro, que representam o povo.
A história é contada como se Mário Ypiranga tivesse entrado no Teatro na época da construção e até hoje permanecesse por lá.
“Ele vai conduzindo toda a história, mostrando os costumes da sociedade da época, com suas referências europeias”, conta Socorro Andrade, diretora da Cia Metamorfose.
As faxineiras têm a missão de contar detalhes sobre a estrutura e manutenção.
“São faxineiras fantasmas, elas conversam como se não estivessem vendo o público, e nessa brincadeira dão informações sobre os camarotes, sobre a limpeza dos lustres, sobre o dia da inauguração”, adianta Socorro.
A diretora destaca que para a construção do Livro vivo, integrantes da companhia fizeram uma imersão na história.
O teatro
Inaugurado no dia 31 de dezembro de 1896 e tombado como Patrimônio Histórico Nacional em 1966, o Teatro Amazonas preserva parte da arquitetura e decoração originais.
O estilo arquitetônico é renascentista, com detalhes ecléticos.
Na área externa, a famosa cúpula composta por 36 mil peças nas cores da bandeira brasileira, importadas da Alsácia, na França.
A maior parte do material usado na construção do teatro foi importada da Europa: as paredes de aço de Glasgow, na Escócia; os 198 lustres e o mármore de Carrara das escadas, estátuas e colunas, são da Itália.
A Sala de Espetáculos tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a plateia e três pavimentos de camarotes.
No teto côncavo, estão quatro telas pintadas em Paris pela tradicional Casa Carpezot.
As telas representam música, dança, tragédia e ópera. Esta última, uma homenagem ao compositor brasileiro Carlos Gomes.
Ao centro, um majestoso lustre de bronze francês. Máscaras nas colunas da plateia homenageiam compositores e dramaturgos, entre eles, Aristophanes, Molière, Rossini, Mozart e Verdi.
No Salão Nobre, onde aconteciam os grandes eventos sociais da época, destaca-se a pintura do teto feita por Domenico de Angelis, em 1899, e que foi batizada de A glorificação das Bellas Artes da Amazônia.