Cheia e seca extremas desorientam jeito de viver em áreas de várzeas
Chiques realizados no trajeto entre Manaus e Autazes, no Amazonas, durante os dois movimentos dos rios
A cheia e a seca nos rios da Amazônia ensinam os ribeirinhos a criar meios para reduzir os impactos desses fenômenos em suas vidas.
O pico da cheia vai de dezembro a maio e o da seca de junho a novembro, em situações entendidas como normais.
É mais difícil, entretanto, se livrar dos incômodos das situações extremas, cujas ocorrências têm surpreendidos os mais consagrados dos xamãs dos rios e da floresta.
Há ribeirinhos que não costumam errar, fundamentados em sinais da natureza, se uma seca ou uma cheia vai ser pequena ou grande, fora dos níveis normais.
Um sapo a coaxar fora de época, pássaros em migração adiantada ou retardada ou os níveis do depósito dos ovos do aruá no capim canarana revelam muitos segredos aos observadores da natureza.
Porém, em situações extremas, em larga medida atribuídas as mudanças climáticas causadas pela queima de petróleo e emissão de outros gases que desequilibram a camada de ozônio que protege a terra, até mesmo as mais sofisticadas tecnologias não são infalíveis.
Então, o melhor mesmo é se prevenir e na pior das surpresas improvisar, como mostram as fotos a seguir.
Até porque ninguém acredita em políticas públicas preventivas, embora o fenômeno seja recorrente em escala cada vez mais devastadora.