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A guerra é um grande e lucrativo negócio [por J. Rosha]

Neste contexto, as riquezas devem ser entendidas como territórios abundantes em recursos naturais – água, áreas de pastagens e cultiváveis.

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O ataque terrorista determinado pelo presidente dos EUA que matou um alto comandante do Exército Iraniano não é apenas um gesto aparentemente tresloucado para desviar ou unir o povo americano em torno de uma causa comum às vésperas de eleição.

É um aceno para as “forças ocultas” que de fato controlam o Estado, é a reafirmação da política que começou com os democratas desde o primeiro mandato de Barack Obama.

O governo estadunidense desde lá tem desenvolvido uma política externa agressiva para defender os interesses de poderosos grupos econômicos.

Para isso, precisa manter seus tentáculos sobre vastos territórios do Oriente Médio onde abunda petróleo, sobretudo.

Desde o ano de 2001, após a destruição das torres gêmeas em Nova Iorque, os Estados Unidos gastaram mais de US$ 6 trilhões atacando vários países, especialmente do Oriente Médio.

As ações foram seguidas de violações de direitos humanos e liberdades civis. Foram mais de 480.000 pessoas mortas e, pelo menos, metade delas civis.

Militares americanos mortos em combate foram 15 mil, perto de 3% do total que os EUA mataram.

As informações constam do relatório Costs of War, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, divulgados em 2018.

Os tentáculos do Império se estendem também para a América Latina, onde onde o império de Tio Sam experimenta, de tempos em tempos, fórmulas de dominação que até agora não permitiram a completa libertação dos povos da região.

Ao longo dos últimos 200 anos, movimentos políticos de toda ordem aconteceram no continente favorecendo algumas vezes a autodeterminação das nações locais. Na década de 1980 – para citar exemplos mais próximos – foi o fim das ditaduras em vários países (Brasil, Argentina, Chile, etc).

Nos primeiros anos deste século foram as mudanças mais à esquerda, como a revolução bolivariana na Venezuela, a eleição de Lula no Brasil, de Kirchner na Argentina, Evo Morales na Bolívia, dentre outros.

A partir de 2010 esse cenário vai se transformando. Já não temos mais a guerra fria. Porém, a máquina de guerra dos EUA precisa seguir funcionando para impulsionar os novos magnatas de Silicon Valley.

Depois de décadas se ocupando com “terroristas” – o império só existe se tiver um inimigo de plantão – torna-se imprescindível frear o avanço da Rússia, China, Brasil, além, é claro, da Europa, desmontando o bloco erguido sob as ruínas do muro de Berlim.

O Brexit é o caminho para atingir esse objetivo.

No Brasil, a ação de desmonte de um país que começava a ganhar peso na geopolítica mundial foi muito eficiente.

Os meios de comunicação, judiciário, igrejas e outros aparelhos de estado foram eficientes na salvação dos interesses americanos.

Destruíram a indústria nacional, saquearam as maiores riquezas do País derramando sangue apenas de alguns esquerdistas, negros e homoafetivos.

Nada pacífico e democrático. Pelo contrário, desmantelaram a ordem jurídica, passaram por cima das imposições constitucionais.

Não respeitaram nenhuma regra – nem as da gramática, como alguns membros do atual governo o fazem com frequência e sem o menor escrúpulo.

A ação aparentemente intempestiva de Donald Trump vai ter ainda mais consequências para o mundo todo.

O que mais favorece um cenário de guerra é o crescimento da China e seus principais aliados, Rússia e Irã.

Em 2025 a China deve provocar uma forte mudança no tabuleiro da geopolítica consolidado seu Projeto Made in China 2025.

Em 2030 poderá dar cheque mate e deixar os americanos em segundo lugar no cenário econômico mundial. Poderá ser o fim do sonho americano e mais um pesadelo para a humanidade com Tio Sam acionando o detonador.

Os interesses econômicos vão além das primeiras necessidades

Toda riqueza é fruto de exploração, de esbulho, de opressão e submissão dos perdedores aos vencedores.

Por isso, a guerra é um grande negócio.

Por mais monstruoso que possa soar, tem sido assim desde que a espécie humana começou a se organizar e fincar as bases da civilização.

Não é consequência do egoísmo ou da maldade do ser humano, ou, como em alguns contos românticos, do amor proibido de príncipes e princesas de reinos rivais.

É uma forma de acumulação de riquezas – essas entendidas como territórios abundantes em recursos naturais – água, áreas de pastagens e cultiváveis.

Modernamente, os interesses vão além de satisfazer as necessidades primárias (alimentação, abrigo e continuidade da espécie).

As tecnologias sempre em evolução requerem novas fontes de energia, minérios e os recursos da biodiversidade.

Desde que as primeiras sociedades humanas se formaram na Mesopotâmia – região mais do que nunca disputada – a guerra favoreceu a acumulação de riquezas fabulosas.

Foi assim com os sumérios, egípcios, macedônios, romanos até chegarmos ao cenário atual onde os Estados Unidos, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, buscam manter sua hegemonia econômica e geopolítica.

*O autor é jornalista

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