A escritora Ana Maria Peixoto não mede esforços para ir ao encontro dos leitores e dos prováveis leitores das suas obras.
São seis livros feitos para crianças e um didático de Geografia do Amazonas.
Ela participa de feiras, colóquios literários, rodas de conversas e atividades promovidas por escolas e ongs.
A escritora mora em Manaus, mas passa dias viajando de cidade em cidade amazonenses e, com menor frequência, de outros estados amazônicos.
“Faço como os regatões faziam antigamente. Só que a minha mercadoria é o livro”, explicou.
Livros publicados:
Naturalmente Amazonas: Noções de Geografia (Lê, 1996) // Quintal: um lugar para ser feliz (Kintaw, 2004) // História de bichos da Amazônia (Valer, 2005) // Sapos no quinta (Valer, 2010) // Os animais de meu quintal (Valer, 2010) // As frutas do meu quintal (Valer, 2010).
Regatão é o comerciante que transporta suas mercadorias em canoas ou barcos e as negocia porto a porto nos altos rios da Amazônia.
Essa modalidade de comércio foi mais frequente quando os seringais estavam em atividade, no final do século 19 e começo do século 20.
Nessa semana, ela disse que visitou cidades de Roraima, mas, entre o final do ano passado e começo deste ano, já esteve em várias cidades amazonenses das margens dos rios Purus, Juruá, Madeira, Solimões e Amazonas.
Ana está sempre acompanhada de sua bicharada, personagens dos seus livros, cujo foco são os animais da Amazônia: onça, anta, preguiça, cobra, jacaré, sapo, peixe-boi, boto, papagaio, arara, tucano etc.
“Meu propósito é tornar os bichos do Amazônia conhecidos entre as crianças amazônicas”, enfatiza.
Assim, ela acentua que faz um contraponto aos produtos culturais, principalmente da TV e da internet.
“Não são poucas as crianças que aqui, na Amazônia, acham que a girafa e o elefante vivem na nossa floresta”, salienta.
Nas suas andanças, ou militância literária, vai abrindo caminhos para que os seus livros sejam conhecidos e lidos pelas crianças.
No dia 16 deste mês, a equipe do amazONamazonia a encontrou em Parintins (AM), na beira do rio Amazonas, onde ela gravou este vídeo.