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Em vídeo, Neleto revela sua técnica de retratar temas locais com estilo universal

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Raimundo Neleto, nascido em Paraíso (TO), está em Manaus (AM) desde a adolescência e, aqui, se tornou referência entre os artistas plásticos amazônicos, porque retratada temas locais com estilo universal. Em vídeo, ele explica que é obcecado pela pintura desde que se entendeu como gente. Hoje ele possuiu um acervo de 400 quadros em seu ateliê, localizado no centro da cidade. Leia ainda uma reportagem sobre o artista.

Acesso ao vídeo:

Um ateliê com 400 obras

O ateliê do artista plástico Raimundo Noleto da Silva é um casarão localizado na avenida Joaquim Nabuco, entre a avenida 7 Setembro e a rua Lima Baruri, no centro de Manaus.

Seus quadros em óleo sobre tela, em torno de 400, estão espalhados pelos quartos, sala de jantar e corredores.

Hoje com 66 anos, Noleto – é com o sobrenome que assina os quadros – desembarcou em Manaus com 14 anos, procedente da área rural de Santarém (PA), fugindo da casa dos pais, seu Manoel Rodrigues da Silva e dona Raimunda Noleto da Silva.

Os pais vinham “lá das bandas de Goiás”, correndo terras distantes.

Noleto explica que seu pai era um ser inquieto, andante, mudava de lugar com frequência, “assim como fazem os ciganos”.

Seu Raimundo preferia ter um filho trabalhador de roça a ter um filho pintor.

“Eu não gostava de arrancar mandioca e plantar milho, meu desejo era ser pintor, por isso, fugi”, conta.

Em Manaus, Noleto, ainda analfabeto, trabalhou como ajudante de pedreiro e fez outros biscaites.

Estudou somente até o antigo 6.º ano primário, no Colégio Adalberto Vale.

“Aprendi a ler e escrever e isso meu abriu outros horizontes na pintura, porque o dom artístico eu já trazia de berço”, salienta

Ele revela que se descobriu pintor desde criança, mas o aprimoramento da sua arte se desenvolveu ainda na adolescência, lá pelos 17 anos.

“Sou autodidata” – apresenta-se – e enfatiza que pesquisou com afinco as obras de artistas consagrados mundialmente, como Michelangelo, Monet, Van Gogh, Renoir e Botticelli.

“Do dinheiro que eu ganhava, fazia economia para comprar as revistas que falavam sobre a arte desses pintores. Havia coleções sobre eles nas bancas de revista”, lembra o pintor.

A descoberta da regra de ouro da pintura vem dessa época: “Me surpreendi com a infinidade de cores que as misturas proporcionam. O dom de pintar nasceu comigo, mas as possibilidades das cores aprendi depois”.

Noleto prefere não se autorrotular com seguidor de escolas ou estilos de pinturas.

Prefere, segundo ele, que “as pessoas se identifiquem com seus quadros pela empatia que causam”.

Mas avisa que não diz incomoda quando alguém diz que que sua arte é impressionista.

“Gosto de matemática e meus quadros são elaborados matematicamente. Gosto das mandalas. Elas são perfeitas”, acentua.

Outra característica marcante dos quadros de Noleto é impressão dos elementos amazônicos por meio da sua visão de mundo – um mundo multicolorido que se harmoniza nos objetos representados, sejam eles da natureza ou da cultura.

Do alto da idade, Noleto diz que espera um dia vir a ser reconhecido como um grande pintor.

Sua viagem mais longe foi até Basileia, Suíça, onde participou de uma exposição no Salão de Artes Brasil/Suiça, em 2016.

“Já imaginou se esse ateliê um dia vier a se transforme num museu como as obras do Noleto?!”, pensa alto.

O casarão ocupado e conservado por Noleto é propriedade do governo federal e ele já foi intimado a desocupá-lo várias vezes.

“Eles pedem para eu desocupá-lo e eu justifico porque tenho que ficar por aqui”, comenta.

 

 

 

 

 

 

 

 

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