Dia do Meio Ambiente destaca a biodiversidade na variedade da vida na Terra
Desde a menor bactéria parasita abrigada nas entranhas de um primata até à baleia azul, a biodiversidade está presente na variedade de vida na Terra, enfatiza a ONU em despacho jornalístico.
Este 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente e o tema é a biodiversidade.
A Colômbia é o país escolhido para abrigar as celebrações, que ocorrem, na maior parte, de forma virtual por causa do risco de contaminação com a Covid-19.
Mas um outro risco, o das ameaças à biodiversidade, chama a atenção este ano. Desde a menor bactéria parasita abrigada nas entranhas de um primata até à baleia azul, a biodiversidade está presente na variedade de vida na Terra.
Em 2019, a ONU lançou um alerta sobre o perigo de extinção de quase 1 milhão de espécies no mundo.
Das 115 maiores plantações de alimentos do globo, 87 dependem da polinização ou de insetos para crescer.
Cerca de 50 mil a 70 mil espécies de plantas são colhidas todos os anos para remédios tradicionais ou modernos.
E com o papel das árvores e florestas de remover o dióxido de carbono liberando oxigênio na atmosfera, a biodiversidade também ajuda a conter os efeitos da mudança climática.
Alemanha
O país anfitrião este ano concentra quase 10% de toda a biodiversidade do planeta, em parceria com a Alemanha.
Os países de língua portuguesa, todos banhados por oceanos, e com florestas e bosques incluído a Amazônia brasileira, também são conhecidos pela biodiversidade.
Assista ao vídeo preparado pela ONU News sobre proteção do meio ambiente e biodiversidade em alguns países de língua portuguesa.
Cientistas brasileiros advertem que a destruição da floresta amazônica pode trazer, entre outros riscos, a disseminação de novos vírus entre os humanos, causando novas pandemias.
Ao mesmo tempo, a derrubada da floresta causa danos irrecuperáveis para toda a humanidade, como a redução da camada de ozônio e aumento da temperatura do planeta, comprometendo assim todo o sistema da vida.
O mais preocupante, neste momento, é que a política do governo federal prioriza a flexibilização das leis de proteção ao meio ambiente e cria uma sensação de que, agora, tudo está permitido em nome no lucro.
Essa situação permite o avanço das frentes ilegais de garimpagem, madeireiros, monocultura da soja,, agropecuária etc.
A Abordagem Estratégica para o Gerenciamento Internacional de Produtos Químicos (Saicm, na sigla em inglês) promove o desenvolvimento dos padrões legais e regulatórios.
A iniciativa foi criada em 2006 para promover proteção no uso desses produtos pelo mundo.
A agência atua com governos, indústria, sociedade civil e o sistema da ONU para minimizar os efeitos adversos sobre o meio ambiente e à saúde humana até 2020.
A Colômbia, por exemplo, implementou leis para melhorar o manejo seguro desses químicos.
Mensagem clara
Em sua mensagem sobre o Dia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a natureza está enviando uma mensagem clara a todos.
Para ele, é preciso cuidar da humanidade cuidando da natureza e repensando padrões de consumo.
Guterres afirma que é necessário salvaguardar os espaços da vida selvagem que ainda existem e criar um futuro de forma ambiental e resiliente.
Veja o que cada um pode fazer para ajudar a proteger a biodiversidade e a proteger o meio ambiente.
As comemorações deste ano nas redes sociais têm como hashtag #HoradaNatureza.
Três passos
- Evite consumir plásticos de uso descartável e tente minimizar sua quantidade de lixo. A poluição marinha subiu 10 vezes desde 1980 e afeta 86% das tartarugas marinhas e centenas de outras espécies.
- Descarte corretamente os produtos químicos e o lixo tóxico. Não jogue remédios no ralo ou em vasos sanitários e não ponha produtos tóxicos no lixo normal. Leve-os a uma estação de coleta apropriada.
- Não compre produtos nocivos a insetos e a polinizadores. O uso desses agentes acaba com os insetos e com populações inteiras de micro-organismos. Alguns químicos podem afetar a quantidade de esperma das abelhas masculinas e diminuir a proliferação de abelhas-rainha.
Dia internacional de luta contra a pesca ilegal
Ainda neste 5 de junho, o mundo marca o dia Internacional para a Luta contra a Pesca Ilegal, Não-Notificada e Desregulada.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, esse tipo de pesca gera uma perda de 11 milhões a 26 milhões de toneladas de peixes por ano. O prejuízo é estimado de US$ 10 bilhões a U$ 23 bilhões.
A agência da ONU lembra que a pesca é fonte vital de alimentos, empregos, recreação, comércio e bem-estar econômico para pessoas em todo o mundo. Ela é também importante para promover segurança alimentar.
A pesca ilegal, não-notificada e desregulada ameaça os esforços da comunidade internacional para se atingir a sustentabilidade da atividade.
Para mitigar o problema, que há dura várias décadas, a FAO aprovou em 1995, o Código de Conduta para a Pesca Responsável.
Em 2009, a agência adotou um Acordo Sobre Medidas de Port State para Prevenir, Deter e Eliminar a Pesca Ilegal, Não-Notificada e Desregulada. O documento entrou em vigor em 5 de junho de 2006.
Brasil está inserido no fundo de US$ 176 milhões para projetos de biodiversidade
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, saudou o recebimento de um fundo de US$ 176 milhões para executar projetos de biodiversidade em 30 países.
A iniciativa inclui o Brasil, a única nação de língua portuguesa no grupo.

Reversão
O dinheiro foi destinado à FAO pelo Conselho da Global Environment Facility, uma organização parceira.
Ao todo, serão executados 24 projetos para adaptação à mudança climática, promoção de sistemas sustentáveis de alimentação, salvaguarda de águas internacionais e reversão da degradação do solo.
A proteção da biodiversidade é o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente, marcado nesta sexta-feira.
Os programas querem mitigar o impacto das crises ambientais globais sobre a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas em cincos continentes.
Fronteira do Uruguai com o Brasil
Além do Brasil, a iniciativa inclui Nicarágua, Guiné, Quênia, Uzbequistão, Uruguai, Iêmen e Jordânia, entre outros.
Segundo a FAO, Brasil e Uruguai deverão utilizar os recursos do programa para gerenciar a Lagoa Mirim, localizada na fronteira entre os dois países. O sítio de água doce atrai milhões de aves migratórias.
Iniciativas similares ocorrem entre Camboja e Vietnã para promover a pesca sustentável e ajudar a reduzir a captura em excesso de estoques de atum.
Extinção
Todos os projetos serão executados e financiados em parceria com os governos que participam da iniciativa incluindo México, Marrocos, Peru, Indonésia, Argélia, Geórgia, Turquia, Tuvalu e Tailândia, entre outros.
Desde que se tornou parceira da instituição em 2006, a FAO já apoiou mais de 130 governos na implementação de 200 projetos no valor de quase US$ 1 bilhão.
Até o momento, a cooperação da Global Environment Facility com a FAO já beneficiou 5 milhões de pessoas criando 350 mil empregos nas comunidades rurais.
A agência afirma que essas iniciativas ajudaram a proteger quase 200 ecossistemas marinhos e mil variedades de plantações e espécies animais da extinção.
Fonte: ONU News /Redação