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Veterinária explica como cuidar dos pets no período de isolamento

Marina Pandolphi Brolio elencou afirma que é possível encontrar maneiras de organizar suas atividades e estabelecer uma rotina com o seu pet

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Muitas dúvidas têm atormentado a cabeça dos tutores de pets com relação à Covid-19.

Para ajudá-los nessa missão, a veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Fametro, Marina Pandolphi Brolio, elencou algumas dicas e explica que é possível encontrar maneiras de organizar suas atividades e estabelecer uma rotina com o seu pet.

Com os tutores trabalhando em regime de home office, os animais tiveram alteração na rotina e isso, muitas vezes, acaba afetando o comportamento deles.

“Eles não entendem o que está acontecendo. Até brinco que já é difícil explicar para uma criança por que ela não pode mais ir para escola, brincar com os amigos no parquinho ou visitar a avó, imagina explicar para um gato ou cachorro o que tá acontecendo?”, disse Marina.

Por isso, é essencial que os tutores procurem ao máximo manter a rotina de seus bichinhos de estimação, principalmente, o horário das refeições e do sono. No caso dos cães, manter os passeios diários supervisionados, sempre lembrando de tomar medidas de proteção adequadas para o tutor e o animal.

Entre eles, o distanciamento, evitar lugares com potencial de contaminação, como parques e praças, e sair em horários com menos pessoas na rua. Independente da pandemia, a médica veterinária lembra da necessidade de sempre se recolher as fezes dos animais para descarte adequado.

No retorno, é importante que os tutores higienizem os calçados e lavem as mãos com água e sabão neutro.

É recomendável também a higienização das patinhas dos pets. A professora reforça que se o animal sai três vezes por dia, a limpeza tem que ocorrer também três vezes ao dia, dessa forma, ela indica sempre xampu neutro para cães, xampu infantil, para crianças e bebês ou sabonete de glicerina.

É muito importante, depois da lavagem, que o tutor enxugue bem as patinhas dos animais, podendo até usar papel toalha para absorção do excesso de água.

Esses cuidados ajudam a evitar que os pets levem contaminação para casa através das patinhas, por isso, a coordenadora reforça a importância de se escolher bem os locais onde dos passeios com os cães, bem como manter a rotina de higienização das patas sempre. Marina não indica o uso de álcool gel nos animais.

Já no caso dos gatos, é essencial que não saiam de casa sem supervisão, independente de pandemia. Marina aponta que as famosas “saidinhas” noturnas devem sempre ser evitadas.

“Ainda é comum que gatos tenham acesso à rua sem supervisão dos tutores. Isso é muito perigoso. Eles podem ser envenenados, atropelados, contraírem doenças, brigarem com outros animais, não achar o caminho de volta para casa e, no caso das fêmeas não castradas, engravidar”, alerta.

Porém, caso as “escapadas” ocorram, os animais também devem ser higienizados, mas o corpo todo, pois o tutor não sabe o que o animal fez e onde foi.

É muito importante deixar a casa cada vez mais interessante e segura para cães e gatos, para isso, uma excelente estratégia é o enriquecimento ambiental, como arranhadores e brinquedos inteligentes, por exemplo.

Há também no YouTube diversas dicas para se colocar em prática e criar ambientes interativos e dinâmicos, com desafios que ajudam na autoestima e desenvolvimento da inteligência dos pets, através de estímulos físicos e mentais, que proporcionam experiências compatíveis com seu instinto natural.

“Por isso que, sem esses estímulos, muitas vezes os pets expressam comportamentos negativos e que podem ser prejudiciais para a saúde deles, como roer móveis e calçados, revirar o lixo, deixar de se alimentar ou apresentar lambedura excessiva”, explicou.

Essas e outras alterações comportamentais são alguns sinais de alerta. “Há diversos tratamentos disponíveis no mercado, como homeopatia com florais de Bach, fitoterápicos e até medicamentos alopáticos de uso controlado, mas apenas um veterinário poderá dizer o que é mais indicado para cada pet”, frisa a coordenadora da Fametro.

Ela ressalta que os serviços de veterinária são considerados essenciais, por isso, mesmo durante a pandemia, não sofreram paralisação. Estes estabelecimentos aderiram aos protocolos dos órgãos governamentais e Conselho Federal de Veterinária, privilegiando atendimentos de urgência e emergência.

“Há clínicas que também criaram seus protocolos internos e passaram a atender com hora marcada, para evitar aglomeração na recepção, permitem a entrada de apenas um tutor por animal e apenas pessoas com máscara. Então, antes de sair de casa, é necessário que o responsável pelo bichinho ligue para o profissional de sua confiança e explique o que acontecendo e entenda como o local está funcionando nesse período”, indica a veterinária Marina Brolio.

Após a quarentena, a dica é, se possível, a volta gradual da rotina, ausentando-se poucas horas por dia para que o animal não sinta o impacto. Além disso, o enriquecimento ambiental também terá um papel essencial nesse momento, orienta a médica, criando um espaço confortável e divertido para o pet se divertir enquanto o tutor não chega em casa.


Marina reforça que já há aumento de relatos de casos de “síndrome de ansiedade por separação”, que afeta muitos cães quando os tutores retomam suas rotinas de trabalho habituais e voltam a se ausentar, por isso, o enriquecimento ambiental e a preocupação com o bem-estar dos pets não pode ser negligenciado nem durante nem depois da quarentena. “Nós humanizamos demais os pets, por isso, é uma responsabilidade cada vez maior nos preocuparmos com seu bem-estar mental e psicológico também”, frisou Marina.


Pets e covid-19

Desde dezembro do ano passado existem alguns relatos em diversos países de animais que testaram positivo e manifestaram sintomas compatíveis com a Covid-19, após contato com tutores com a doença.

A veterinária Marina Brolio esclarece que ainda são poucos casos e não existem, até o momento, indícios ou comprovações de que um animal infectado possa transmitir a doença para humanos. Há estudos com felinos, que estão em andamento para se confirmar a transmissão entre os pets.

A doutora Marina Brolio ressalta que é importante lembrar que a família do Coronavírus é grande, a maioria é conhecida desde as décadas de 1960 e 1970 e possuem hospedeiros específicos. O CCoV, que é o Coronavírus Canino, é transmitido apenas entre cães, causa sintomas de gastroenterite e existe vacina para sua prevenção.

Já o FCoV, o Coronavirus Felino, causa uma doença conhecida em gatos como Peritonite Infecciosa Felina (PIF) e acomete somente felinos.

A coordenadora da Fametro ainda informa que tanto o Coronavírus Felino quanto o Canino pertencem à subfamília dos Alphacoronavirus, enquanto que o Sars-CoV2, o vírus da Covid-19, pertence à subfamília Betacoronavirus, assim como os outros coronavírus que são transmissíveis à humanos.

Para pessoas que estão em isolamento por suspeita ou confirmação do Covi-19 a orientação é que além de ficarem afastados de parentes e amigos, também devem evitar contato direto com os animais de estimação.

“Não deve beijar, colocar no colo, falar ou espirrar próximo do animal. Para as pessoas que moram sozinhas com o pet, é preciso adotar medidas preventivas de higiene, como usar luvas quando tocar nele, trocar a água ou colocar comida”, relaciona Marina, que reforça que essas medidas de distanciamento dos pets são pensando na proteção dos próprios animais.

A médica veterinária também ressalta que, em caso de suspeita de que um cão ou gato esteja doente por causa da Covid-19, o tutor deve levá-lo para avaliação médica e tratamento sintomático.

É muito importante que o estabelecimento veterinário seja comunicado antes, para que possa se preparar e tomar as medidas de segurança necessárias para o atendimento, que deverá ser notificado para os órgãos competentes.

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