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Estudo mostra que 901 mestres e 298 doutores já residem e atuam no interior do AM

O levantamento identificou o total de 2.980 mestres e de 1.916 doutores atuantes em todo o estado

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A Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) informou ontem (20/07) que 44 dos 62 municípios amazonenses, incluindo a capital, Manaus, têm pesquisadores com atuação ativa, desenvolvendo pesquisas e estudos.

É isso que aponta Mapeamento da Ciência no Amazonas, trabalho desenvolvido pela Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).

O levantamento identificou o total de 2.980 mestres e de 1.916 doutores atuantes em todo o estado, definindo o ranking por quantidade de pesquisadores atuantes e residentes em cada cidade. Descontados os que atuam na capital, existiriam hoje 901 mestres e 298 doutores residindo e atuando no interior do estado.

Ranking de mestres e doutores

1.º – Manaus: 2.079 mestres e 1.618 doutores

2.º – Parintins:  177 mestres e 67 doutores

3.º – Itacoatiara: 110 mestres e 73 doutores

4.º – Humaitá: 84 mestres e 48 doutores

5.º -Tabatinga: 79 mestres e 20 doutores

6.º – Coari: 71 mestres e 46 doutores

7.º – Tefé: 71 mestres e 29 doutores

8.º – Benjamin Constant: 38 mestres e 24 doutores

9.º – São Gabriel da Cachoeira: 36 mestres e seis doutores

10.º – Manacapuru: 38 mestres e um doutor

11.º – Maués: 36 mestres e cinco doutores

12.º – Presidente Figueiredo: 32 mestres e nove doutores

13.º – Lábrea: 28 mestres, sete doutores

14.º – Eirunepé: 23 mestres e dois doutores

15.º – Nhamundá: 15 mestres, não há doutores

16.º – Iranduba: nove mestres e um doutor

17.º – São Paulo de Olivença: cinco mestres

18.º – Anori: três mestres

19.º – Autazes: três mestres

20.º – Barcelos: três mestres

21.º – Boca do Acre: três mestres

22.º – Carauari: três mestres

23.º – Novo Airão: três mestres

24.º – Santo António do Içá: três mestres

25.º – São Sebastião do Uatumã: três mestres

26.º – Nova Olinda do Norte: dois mestres e dois doutores

27.º – Atalaia do Norte: dois mestres

28.º – Careiro da Várzea: dois mestres

29.º – Codajás: dois mestres

30.º – Envira: dois mestres

31.º – Itamarati: dois mestres

32.º – Manicoré: dois mestres

33.º – Tonantins: um mestre e dois doutores

34.º – Barreirinha: um mestre

35.º – Boa Vista do Ramos: um doutor

36.º – Careiro: um mestre

37.º – Fonte Boa: um mestre

38.º – Maraã: um mestre

39.º – Santa Isabel do Rio Negro: um mestre

40.º – Alvarães: um mestre

41.º – Beruri: um mestre

42.º – Jutaí: um mestre

43.º – Tapauá: um mestre

44.º – Urucurituba: um mestre e um doutor.

Tatiana Schor, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação

Políticas públicas 

A secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação, Tatiana Schor, considera o estudo realizado de grande importância porque poderá auxiliar na construção de políticas públicas mais focadas nas especificidades de cada cidade, tornando de conhecimento público que a Ciência no Amazonas é comprometida e que não está concentrada apenas na capital, Manaus.

“Nossa intenção com esse trabalho é ressaltar e mostrar a importância do fortalecimento de Ciência, Tecnologia e Inovação no interior do estado. Queremos, com esse mapeamento, valorizar a pesquisa e o pesquisador no interior do Amazonas, mostrando ao mundo que temos pesquisa em diversas áreas e que a Ciência está dispersa por todo o território”, salienta Tatiana.

Tatiana também coordena o Programa da Rede Urbana da Calha Solimões-Amazonas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas das Cidades na Amazônia Brasileira (Nepecab) e representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC-AM).

A secretária enfatiza o fato de os pesquisadores estarem morando nesses municípios e desenvolvendo suas pesquisas locais, o que reflete “uma ciência mais comprometida com o desenvolvimento socioeconômico da região”.

“São pesquisadores que moram lá. Eles não fizeram só uma pesquisa e depois foram embora. Eles residem nessas cidades e estão atuando politicamente, ajudando, inclusive, na organização da sociedade. Por isso, precisamos mostrar que temos profissionais comprometidos, que eles estão lá no interior desenvolvendo seus estudos e fazendo ações de apoio às comunidades e populações tradicionais, com compromisso social e colaborando para o desenvolvimento sustentável dos municípios”, ressalta ela.

Ensino e Pesquisa

O mapeamento produzido pela Secti contou com o suporte das instituições de ensino e pesquisa atuantes em todo o estado, que forneceram seus dados atualizados para a elaboração do trabalho. Entre elas estão: Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Secretaria de Estado de Educação e Desporto, Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia), Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ) e Secretaria Municipal de Educação (Semed-Manaus).

O Mapeamento da Ciência no Amazonas foi elaborado pela geógrafa, Milena Maria Costa da Silva, do Departamento de Políticas Públicas da Secti.

O trabalho deve permanecer em atualização por período anual. A ideia é aprofundar cada vez mais o levantamento, incluindo linhas de pesquisas e laboratórios, além de outras variáveis que possam identificar melhor a realidade vivenciada por esses profissionais no estado.

“Um fator importante desse mapeamento é que pudemos identificar que esses pesquisadores possuem suas bases de pesquisas consolidadas em seus respectivos municípios. Isso é muito bom do ponto de vista da Ciência porque eles podem compreender muito mais da realidade daquela cidade, o que nos ajuda a saber de que forma essas instituições (por meio desses pesquisadores) podem colaborar com os nossos projetos em nível de Governo de Estado”, destaca Milena Silva.

No interior

Desde que se mudou da capital para o município de Itacoatiara (distante a 176 quilômetros de Manaus) há 17 anos, o professor doutor em Engenharia da Produção do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia da Ufam, Hidelbrando Ferreira Rodrigues, afirma que percebeu a transformação pela qual a cidade passou desde que a chegada das instituições de ensino e pesquisa (Ufam, UEA e Ifam) naquela cidade.

“A educação é um mecanismo de transformação social, e isso foi muito visível em Itacoatiara há alguns anos, com a chegada das instituições de ensino superior. Isso trouxe para o município um ar de uma cidade universitária”, relata o pesquisador.

Hidelbrando também chamou a atenção para a questão socioeconômica da população que mora nos municípios do entorno de Itacoatiara, na região do Médio Amazonas (Itapiranga, Silves, Urucurituba, Boa Vista do Ramos, Maués, Nova Olinda do Norte e Rio Preto da Eva). Para ele, essas pessoas não teriam condições de morar na capital para cursar o ensino superior.

“As pessoas que moram nesses municípios do entorno preferem morar e estudar em um polo mais próximo a morar na capital, porque isso requer um custo de vida maior. Elas preferem morar nas cidades mais próximas e com uma característica parecida com a realidade delas”,  avalia ele.

Hoje Hidelbrando orienta quatro pesquisas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), que conta com recursos via Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesp) da Ufam e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

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1 comentário
  1. EvaNero Tavares Diz

    Certamente, existem outros, profissionais com Mestrado e Doutorado, atuando no interior.

    Em Boca do Acre, conheço, um casal de Engenheiro e Engenheira, que tem doutorado.

    Porém a pesquisa, está vinculada às INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA.

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