Deprecated: A função Advanced_Ads_Plugin::user_cap está obsoleta desde a versão 1.47.0! Em vez disso, use \AdvancedAds\Utilities\WordPress::user_cap(). in /var/www/html/amazonamazonia.com.br/web/wp-includes/functions.php on line 5381

Por que as pessoas resistem às orientações de segurança?[Por Luciana Chaves Cavalcante*]

Compartilhe:

A pandemia mudou a maneira com a qual as pessoas se relacionam entre si. Essa mudança foi ainda mais sentida pelas populações que tem características mais agregadoras, que tendem a um maior contato social. Porém, a impossibilidade de contato durante determinado período, levou a emoções diferenciadas na população.

A reabertura parcelada das atividades presenciais se iniciou em junho, o que nos deu 2 meses de adaptação anteriores ao retorno das atividades acadêmicas, no que se convencionou chamar de “novo normal”. Esse tempo é suficiente para conhecer as orientações das Organizações de Saúde para prevenção de novos casos, porém, existem muitas pessoas que resistem a adaptar o seu comportamento a essa nova realidade.

Com isso, entende-se que a informação sobre como se prevenir está disponível a todos que buscam por ela, mas, ainda assim, nem todos seguem as instruções dadas colocando em risco, além deles mesmos, todos ao seu redor.

E a pergunta que fica é: por que alguém decide por ter um comportamento que coloca em risco a própria vida e a de seus entes queridos sabendo o que poderia fazer para evitar isso?

Durante muito tempo, a tomada de decisões foi considerada um processo exclusivamente racional, que, quando baseado nas regras e procedimentos adequados, levaria a atingir os objetivos propostos. Isso considerando que esse processo seria deliberado, consciente e com a busca pela maior possibilidade de satisfazer os resultados esperados.

Isso seria excelente em casos como o da pandemia, pois, simplesmente, seguiríamos as orientações por saber que essa é a maior probabilidade de manutenção da própria vida e dos entes queridos. Porém, estudos da neurociência, realizados por autores como Antonio Damásio e seus colaboradores, tem indicado que as decisões são tomadas de maneira emocional, antes de chegar aos processos cognitivos (Hipótese do Marcador Somático).

Assim, passa-se a entender a Emoção como um Marcador Somático do processo decisório, ou seja, esse processo pode ocorrer de maneira inconsciente, sendo guiado por indutores primários (estímulos que causam estados agradáveis ou aversivos) ou secundários (memórias associadas a indutores primários), muito similar ao que Skinner chama de Comportamento Operante.

Dessa forma, a escolha por seguir ou não orientações para a manutenção da saúde neste momento estaria muito mais associado a um processo de aprendizado durante a vida (emocionais), do que de um processo racional (cognitivo).

Isso faz com que as escolhas sejam baseadas, anteriormente, no fato de que nunca precisamos utilizar máscaras para não sermos contaminados, podíamos conversar nos “cutucando”, e nos cumprimentar com beijos no rosto e abraços apertados. Isso gera resistência na hora de escolher nos comportarmos de uma nova maneira.

E o que podemos fazer para modificar isso? Fica pra discutir em uma próxima oportunidade.

* A autoras é MSc. em Psicologia e professora do curso de Psicologia do Centro Universitário Fametro

Compartilhe:
3 Comentários
  1. Nivia Diz

    Pontos muito interessantes levantados no texto, a pesquisa citada que fala “decisões são tomadas de maneira emocional, antes de chegar aos processos cognitivos” explica esse fenômeno que vivemos basicamente como o que achamos ser somente um processo de resistência é na verdade também um processo de seleção de prioridades. texto excelente ❤️ parabéns a iniciativa

  2. Nivia Diz

    Excelente texto 👏👏

  3. Clei Diz

    Parabéns pela matéria sobre manter a segurança, vou esperar a próxima.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.