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Indígenas de Iranduba e Manacapuru querem apoio para etnoturismo

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A Fundação Estadual do Índio (FEI) fez visita técnica, na segunda-feira (14/9), às aldeias Tururukari-Uka, da etnia Kambéba, no Km 47 da AM-070, em Manacapuru; e Sahu-Apé, da etnia Sateré-Mawé, no Km 36 da rodovia, em Iranduba. Ambas estão na região metropolitana de Manaus.

Os técnicos da FEI verificaram a infraestrutura das duas comunidades para atender a um possível projeto de turismo indígena.

A FEI é responsável pela política de etnodesenvolvimento do Departamento Indígena de Desenvolvimento Sustentável (DDS).

“O turismo comunitário indígena já vem sendo explorado em nosso estado e em outras regiões. Com o levantamento feito por nossa equipe técnica nessas comunidades, iremos contribuir na articulação das melhorias na infraestrutura, para que essa atividade volte e continue como alternativa de geração de renda para as comunidades e, é claro, seguindo o protocolo das autoridades sanitárias visando garantir a saúde dos parentes”, pontuou o diretor-presidente da FEI, Edivaldo Munduruku.

Diante do risco de novas contaminações em todo o país, o Governo do Amazonas tomou medidas protocolares para evitar o contato com comunidades ribeirinhas e indígenas, entre elas, a suspensão de atividades relacionadas aos segmentos de ecoturismo, etnoturismo e turismo de pesca realizadas em ambientes naturais, o que levou a uma queda no rendimento financeiro de algumas comunidades.

A FEI verificou que as duas aldeias dispõem de boa infraestrutura, como escolinhas indígenas (com aulas remotas), energia elétrica, sinal de internet, água encanada (poço artesiano) e fossa biodigestora.

A principal fonte de renda de ambas as comunidades é a venda de chás de plantas medicinais (garrafadas), artesanato, apresentações de rituais, farmácia (tradicional com rituais de pajelança em local sagrado) e perfumaria (fermentação artesanal de essências nativas). Com a pandemia, atualmente sobrevivem com o mínimo que produzem.

O cacique Francisco Uruma, da aldeia Tururukari-Uka, avaliou a visita da equipe como positiva.

“Com a visita da equipe da FEI, a nossa perspectiva é que a vida vai mudar muito daqui para a frente. Esperamos contar com esse apoio no desenvolvimento do turismo etnocomunitario”, afirmou o cacique.

Para ele, iniciativa deve fortalecer ainda mais a cultura indígena. “É um projeto que vai alavancar nossa economia”.

“Queremos oportunidade de mostrar o nosso trabalho. Sei que com a pandemia muita coisa deixou de ser feita. Queremos levar o nosso trabalho adiante. Hoje conseguimos nos manter através da medicina tradicional, pajelança, perfume, xarope e garrafada, é o que tem gerando renda para nós”, complementou o pajé da aldeia Sahu-Apé, Sahu Sateré.

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