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O “cisma da fumaça” é violência política

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A origem da fumaça foi elevada ao nível de item mais importante pelos governantes ao se posicionarem sobre o que estão fazendo para enfrentar as consequências de eventos climáticos extremos e dos atos humanos criminosos. O “cisma da fumaça” é o ensaio público da melhor resposta governamental à dramática condição de vida em Manaus e na Região Metropolitana na atualidade.

A condição da cidade de Manaus, um problema agudo que deveria ter por parte dos governantes, do parlamento e da justiça posicionamentos responsáveis, firmes e corajosos numa demonstração de que há no mundo um limite a ser respeitado. Ao contrário, a contribuição dos governantes – explorada nos efeitos relâmpagos das redes sociais – é que “a fumaça em Manaus não tem origem no Amazonas”. No tribunal virtual, as condenações e as sentenças dos grupos de apoio aos governantes estão sendo dadas. E para que elas servem mesmo?

A sensação que experimento é de assistir, na cidade onde vivo, a repetição da maldade oficial do “deixar a boiada passar” e receber votos pelo gesto. São mais de 90 dias de uma Manaus engolida pela fumaça. O fogo passa e se alastra. Foram 4 mil focos de incêndio no Amazonas no mês de outubro, um novo recorde, e 6.991 focos até o dia 29 de setembro, o segundo pior do período dos últimos 25 anos, (dados do INPE).

Reduzir a questão à origem da fumaça equivale a uma tentativa de manipulação rasteira da opinião pública talvez com um informe: “desculpe, esse problema não é nosso” enquanto as queimadas prosseguem no território do Amazonas. E nos esclarece, em alguma medida, sobre o quanto é nefasta a política da ignorância que tem uma função a realizar, de acordo com Prof. José de Souza Martins. Em Manaus, ela se realiza, gargalha sobre a dor de muitos e fantasia o Amazonas abatido por meio da computadorização e voracidade do mercado ecológico cujas garras fazem a Amazônia sangrar.

O sofrimento continua. As mortes são de humanos e não humanos. São árvores grandes, avós, mães, tias; e são árvores pequenas, filhas, netas, sobrinhas; são aves, animais, insetos. Sequer os reverenciamos, ainda temos que aprender, como espécie gente, a chorar por tanta perda. Um ecocídio diante de nós.

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